Limpeza de pele profunda – Conheça um pouco mais
Category : Notícias 2016
Uma das principais queixas na estética é a acne, cravos (comedões), espinhas (pústulas). Mas a limpeza de pele profundo é indicada somente para as peles acneicas?
De maneira nenhuma!!!
A limpeza de pele, se não a mais, é uma das técnicas mais executadas pelo profissional da Estética. Pode ser realizada como procedimento que inicia um programa de tratamento, bem como um procedimento único para remover as sujidades mais profundas, trazendo a remoção do sebo excessivo do folículo pilo sebáceo. É realizada visando a limpeza através de tensoativos, esfoliantes e emolientes.
A correta avaliação do biótipo cutâneo (tipo de pele) a ser higienizada é de total importância para o sucesso do procedimento, pois existem diferenças nos protocolos, ou melhor programas de tratamento, de acordo com o biótipo cutâneo. É importante fazer considerações de acordo com o grau de sujidade, idade, sexo, clima e condições de trabalho.
O procedimento é conhecido como protocolo de limpeza de pele, mas lembrem, protocolos não devem ser quebrados, devem ser seguidos criteriosamente e, como sempre digo, ser humano não é ciência exata, seres humanos reagem de formas diferentes, sendo assim, devemos sair desta visão de protocolo.
Não precisamos ir longe, como citado anteriormente, para cada biótipo cutâneo (tipo de pele), devemos seguir passos diferentes. Estes, podem se completar ou ser bem distintos.
Uma pele oleosa (lipídica) será tratada de maneira totalmente diferente de uma pele acneica, bem como de uma pele seca (alípica) ou ainda uma pele mista.
Devemos usar temperatura na emoliência (vapor, máscara térmica ou compressa de toalha quente) em todos os biótipos cutâneos? Claro que não!!!
Calor em pele oleosa ou acneica não combinam, concordam? Pensemos na fisiologia e até mesmo na fisiopatologia da acne. Fisiologicamente, em uma pele oleosa, não devemos usar calor, afinal, o calor vai estimular ainda mais a dilatação dos óstios (poros) e aumentar a produção de sebo. Na acne então, nem se fale!!! Calor, bactéria e inflamação não combinam.
Agora uma outra questão, todas as peles exigem o mesmo tipo de esfoliante?
– Nããããooooo!!!
Cada biotipo cutâneo exige um tipo de esfoliante, este pode ser químico (ácido), enzimático (derivado de enzimas- papaína, bromelina, renewzyme, pumpkin Enzyme), cosmético (esfoliantes com grânulos pequenos, médios, grandes, em pequena e em grande quantidade) e até mesmo a microdermoabrasão, sim, a microdermoabrasão pode ser utilizada durante o procedimento de limpeza de pele.
Sobre os tipos de massagens, podemos realizar uma drenagem linfática manual facial, uma massofilaxia (esta pode ser tonificante ou relaxante), isso vai depender de nosso objetivo e do bitotipo cutâneo.
Nem todas as peles aceitam na emoliência, um emoliente com princípios ativos que estimulam a dilatação dos óstios (principalmente a trietanolamina), as peles mais sensíveis, ou quem tem histórico de alergia a alguns componentes, utilizamos apenas um algodão bem umedecido.
Sem falar nas extrações que podem ser realizadas por pressão negativa, manualmente, por extratores como cureta ou a famosa face clean.
E para finalizar este texto sobre limpeza de pele, podemos utilizar o alta frequência, um led azul ou até mesmo na ausência destes, a melaleuca.
Quantas particularidades não?
Pois bem, muitas abordagens podem ser discutidas e, isso faremos ao longo dos assuntos que discutiremos em nosso blog. Isso mesmo, nosso afinal, ele é desenvolvido com muito carinho e ciência para você!
Como sempre digo a meus alunos e colegas, conheça a técnica, estude muita fisiologia humana e, desenvolva programas de tratamento personalizado. Humanize seu atendimento!
Bj grande,
Dra. Paula França
Referências
DRAELOS; Zoe Diana Procedimentos em dermatologia cosmética: Cosmecêuticos. Ed. 1.Rio de Janeiro 2005 Editora: ELSEVIER.
ALVARES, Denise Brega; TABORDA, Valeira Brega Alvares; ALMA, Jeanete Moussa. Acne vulgar: avanços na técnica combinada de limpeza de pele associada ao peeling ultrasônico e a fotobioestimulação com LEDs. Salusvita, Bauru, v. 31, n. 1, p. 71-80, 2012.
AZULAY, Rubim David et. al. Dermatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1011, 5ª Ed. 1014 p.
BELTA JUNIOR, Walter; CHIACCHIO, Nilton Di; CRIADO, Paulo Ricardo. v. 1. Tratamento de Dermatologia. São Paulo: Atheneu, 2010. P. 1509.
HARRIS, Maria Inês de Camargo; HOFFMANN, Maria Edwiges; CRUVINEL, Adriane. Pele: estrutura, propriedades e envelhecimento. 1ª ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2003.